Aquela Curva

Simulação do Acidente

Era só mais um dia de domingo, e lá estava eu voltando do Passo de Camaragibe, e logo cheguei em casa percebi que faltava algo.

─ Onde está seu instrumento (bombardino)? Perguntou minha mãe.

Com a mão na cabeça respondi:

─ Eita! Ficou no Passo.

Então, liguei para a minha prima em busca de uma forma de pegar o dito cujo. Fui almoçar e em seguida tomar banho e foi no banheiro que tive a “brilhante idéia” de ir buscá-lo de moto.

Logo consegui a moto, não perdi tempo e comecei a minha jornada em busca do instrumento esquecido. Cheguei logo ao Passo, peguei e voltei para casa.

Tudo tranqüilo e na mais perfeita paz, parecia só mais uma tranqüila viagem de moto. Foi quando de repente surgiu aquele grande caminhão, com dois reboques e em alta velocidade e foi aí que o terror começou.

Para não me chocar com o grandão fui para o acostamento, me deparei com uma cerca e para não bater nela tive que frear. A moto dançou para um lado mexeu para o outro e encerrou o malabarismo dando aquele grande giro e me jogando no chão.

Rapidamente me levantei, e vi o grande estrago na moto. E muito preocupado, olhei para o céu e indaguei:

─ Meu Deus, e agora???

Liguei a moto assim mesmo com o farol e o painel quebrados e ambos segurados pelos fios. Mas apesar dos pesares o prejuízo foi o mínimo. E percebi que é muito bom estar vivo.

Moral da História: Mais vale pagar 192 reais em um concerto, que em um caixão.

Autor: Isaque Lins